sábado, 30 de junho de 2012

Linguagem angelical



LINGUAGEM ANGELICAL


Corre-me em teus braços de sonho,
Sorvendo o meu olhar espúrio de pecado e deleite,

Voa, anjo, na imensidão dos céus, alhures emboscada;

Fala-me baixinho, a linguagem do não-saber...


Quero-te inteiro sussurrando aquela voz que te ensinei;

No passado fui superiora, agora és meu maior,

Não te faço malcriação:

Fala-me, suplico, fala a voz que só eu entendo...



Se no decorrer dos anos nos perdemos, agora te encontro, te encontrarei,

Tenho fé, como tenho te esperado, e tu, a mim...

A quantas milhas estás, percalço que essa esfera facilita agora,

Metas que não atingimos... Um sonho em flor se abre em copas!...


Vais tocando a vida porque faz parte brincar com nuvens!

Vais seguindo porque nos ensinaram que prosseguir é preciso...

Vais e me fala aquilo que quero saber, toque de Midas que me traz o ouro,

Do sol que nasce nos cabelos que se vão, revolto nos ares que usufruis em outras áreas...

Alguém te guarda, anjo, mas é por um tempo,
Está na hora de sermos um só...
O fruto que ainda virá, o sol que borda os teus cabelos, se fará,
Fato feto do amor dos sentimentos sem fim...


Uma nuvem que escurece, não é sempre sinal de chuva;

Uma luz que esmaece, não simboliza o final do dia,
A fé removedora de montanhas, te trará aqui, amante-diamante,

Na textura da joia rara e eterna!...


Eu te empresto para que prestes serviços,

Embora eu cobre o preço de tua nobreza
Farta da solidão, farta da espera, quero-te, anjo, puro e limpo,

Das iniquidades que não deténs...


Fala-me, anjo, fala-me, aquele idioma em comum!...

Não me entendes rápido, e um olhar que é só delírio,

Pede calma, fala manso, de repente, me tomas,

Farto, lépido, sorrateiro, surpresa para os que não aguardam desafios.

Leve e solta, me deito, correndo no futuro, em viés,
Na luz que invade a escuridão, sonho-fera, que devora o meu viver...


Fala-me, anjo, fala-me...
Fala-me, cala-me, beija-me, fala-me, ama-me, fala-me...

Só quero ouvir, não fala-me,

Beija-me, cala-me,

Sente-me, toca-me, altera-me, repara-me,...

Cálido, cala-me!

Fala-me! Oh, fala-me...


(Imagem:
Fonte desconhecida)

10 comentários:

  1. Olá Mary,

    Até emocionei ao ler seu post. Sem muitas palavras, apenas te digo que me tocou profundamente devido ao momento que estou vivendo.

    "Vais seguindo porque nos ensinaram que prosseguir é preciso..."

    Obrigada pelo belo texto.

    Abraços pra ti!

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  2. Lidiane, boa noite!

    Amiga, meu coração se alegra por ler suas palavras!
    Nesse poema eu fiz uma mistura de muitas sensações, do passado, presente e suposto futuro; o que sinto, exponho...


    Um forte abraço!!!!
    E obrigada, digo eu a você!!!!!!!!!!

    Mary:)

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  3. Oi Mary, realmente poema que faz com que reflitamos sobre nossos sentimentos e relacionamentos....abçs

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  4. Ai, ai... *suspiro...

    Os poemas... O que nos trazem e quanta lembrança dos que nos falta fazem lembrar...

    Ai, ai...

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  5. Oi, Shirley!

    Obrigada, mesmo, pela presença!
    Volte sempre que puder!!!!

    Beijos,
    Mary:)

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  6. Bem-vinda, Ana!

    Os poemas também podem servir como reflexão amorosa! Foi um msito de muitas emoções que me levou a escrever esse poema!

    Abraços da Mary! :)

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  7. Djair, boa tarde, amigo!

    Poemas sentimentais sempre ativam alguma coisa escondida em nossas lembranças, ainda que longínquas ou até superadas...

    Abração da Mary!:)

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  8. Aha, doce anjo da nobreza
    Escolta meus delírios enquanto corro ao léu em busca dos tesouros da emoção...
    Vaga ao meu lado e cobre de verdades os sonhos que deliro...
    E por fim permita que eu me entregue a doce delícia da contradições de amar...
    Florzinha... tinha que ser só assim meu comentário!
    Lindíssimo e tocante.
    Beijo no coração

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  9. Flor Val,

    Tinha certeza que se se você comentasse, espalharia rosas em cada palavra. Sinto o perfume daqui, amiga!...

    Seu comment é o que chamamos de "sem comentários!" rs

    Beijos, querida!!!!

    Mary:)

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