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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Todo mundo é... invejoso!

Zuenir Ventura, magistral escritor brasileiro, que escreveu 1968 - O ano que não terminou, resolveu explanar também suas ideias sobre a inveja, no consagrado Mal secreto - Inveja, onde o objetivo era deixar a patifaria de lado e demonstrar que pessoas são pessoas em qualquer lugar ou época, independentemente de qualquer conceito que possam desenvolver.
O tema é intrigante, portanto, eu quero abraçar a polêmica nesse mais novo post da série Todo mundo é..., que há muito não a colocava em pauta.
Bom, não li o livro, mas acompanhei a entrevista do escritor no Jô Soares e adorei o que ele havia colhido em revelações de gente que é gente.
Constatou-se que não há NENHUMA pessoa no mundo totalmente desprovida de inveja!
Pasmem, senhores, mas não dá para correr dessa revelação...
O fato é que as pessoas NÃO ADMITEM terem inveja de nada (costumam dizer que têm admiração, por isso, imitam os outros), quando, geralmente, é uma vontade imensa de que ela, a pessoa, tenha, e o outro, se vier a conseguir, que consiga bem depois dela!
As proporções podem variar, e o objeto de cobiça, também, só que o sentimento de querer o que o outro possui, está lá, velado, fazendo-se de "desentendido", fingindo que aquilo não lhe atinge...
Oras, a inveja surge devido a algum complexo de inferioridade que todos nós temos diante de algo que nos parece impossível e que é o que mais queríamos realizar na vida!
Por exemplo, um célebre cientista que quisesse inventar aparelhos revolucionários, trabalhasse arduamente para este fim, e um colega, de mesmo patamar que o dele, desenvolvesse a ideia primeiro.
Qual seria a sensação naquele que "ficou para trás"? De complexo de inferioridade!
Ele se consideraria com menos capacidade que o colega; logo, a inveja viria com toda a força.
Inveja é um dos pecados capitais que mais temos vergonha de revelar porque é como se estivéssemos assinando o nosso próprio fracasso , como não pudéssemos jogar no time dos vitoriosos , e nos arrastássemos atrás daqueles que nos são nossos "algozes", nos fazem sofrer sem o saberem!
Há pessoas que dizem que só sentiam inveja quando eram adolescentes e que agora fazem de tudo para terem o seu próprio caminho.
Aí é que está a questão!
Se elas nutriam uma vontade de posse do que é do outro, isso não acabará só porque amadureceu na idade!
Desde o ginásio eu ficava revoltada por não ter "pernas de Cláudia Raia", aquelas que fazem os rapazes olharem mais de uma vez...
É um tanto ou quanto desconcertante para mim ainda ver amigas minhas que nasceram com o privilégio da genética, cruzando suas belas pernas, sendo as donas do pedaço, e fazendo questão de "dominarem" da maneira mais ingênua!... ELAS PODEM!
Não chegam a serem "cambitos" ( até têm o seu valor), só que as minhas pernas estão a milhas de distância de serem as cobiçadas pelo clube masculino!
Infelizmente, uma invejazinha costuma me perseguir quando vejo outras mulheres com essa "vantagem"...
Eu me perdoo porque não fico torcendo para que as pessoas não tenham seus objetivos alcançados, o que invariavelmente chama-se de inveja saudável.
Simplesmente é um desejo de ser boa nesse ou naquele sentido, que me leva a ter certos pensamentos.
A idade adulta e a filosofia de vida que adotei me ajudaram a aceitar melhor o que me é permitido possuir.
Se a inveja ainda persiste, ao menos eu não a deixo dominar, abano o sentimento ruim e penso: "Não era para ser meu"!
Admitir que temos inveja, seja ela de qual teor, já é caminho andado para a retificação do erro.
Porque aí poderemos trabalhar para a melhoria do caráter, não deixando margem para aquilo chegar ao ponto de defeito crônico, e que faz mal ao nosso semelhante, senão, a nós mesmos.
Por mais triste que seja, o dito popular é sábio: A INVEJA MATA.
Duas historias conhecidas nos comprovam a veracidade:
1) Caim que matou o seu irmão Abel.
2) A madrasta da Branca de Neve que mandou matá-la.
E ambos os casos, a motivação principal foi a inveja.
São historias que podem acontecer na vida real, tomemos cuidado!
Uma das frases de Zuenir sobre o tema, resume bem tudo o que foi escrito:

"Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem; inveja é querer que o outro não tenha ..."


(Imagem:

8 comentários:

Johanna Nublat disse...

Oi, Mary. Sou jornalista da Folha e estou fazendo uma matéria sobre a hiperhidrose. Vi seu post sobre o assunto, topa conversar um pouco? Meu e-mail é johanna.nublat@grupofolha.com.br . Obrigada, um abraço

Mary Miranda disse...

Johanná,
Será um prazer poder compartilhar c/ outras pessoas o meu desconforto em relação à hiperhidrose.
É bom expor o assunto pois, de repente, ajuda outras pessoas também.
Obrigada pelo convite!
Abração da Mary p/ vc! :-)

Berenice Ribeiro disse...

Mary,
Acredito que a linha divisória entre a admiração pura e a inveja é muito sutil e perigosa de se cruzar, pois ninguém tem inveja de algo que não admira. O fato puro e simples de se admirar em alguém algo que não se tem, ou se tem em menor quantidade ou qualidade, não representa inveja, mas se isso lhe causa dissabor, acredito que é a inveja se apresentando. E acho que você tem razão, a inveja mata mesmo... mas o(a) invejoso(a).
Bjssss

Mary Miranda disse...

Olá, Berê!
Ao dizer q só invejamos aquilo q admiramos, vc foi certeira.
Como separar admiração de inveja?
As duas andam lado a lado; creio q o q as diferencia é a intensidade.
Se começamos a pensar dia e noite em como obter o objeto de desejo, não medindo esforços, passando por cima dos outros, é sinal de q virou mesmo inveja.
É um problema sério porque, infelizmente, ainda q em proporção pequena, já sentimos alguma invejazinha de alguém no decorrer de nossa existência...
Bjs e obrigada pelo comentário esclarecedor!
Mary.

Anônimo disse...

Gostei do pôster, Mary.

Pode-se sentir inveja até da felicidade de alguém ou uma situação desfavorável pode desencadear essa emoção, sem que se precise adimirar alguém.

Mas o importante é aprender a lidar com essa emoção. Pois, tem gente que sente a inveja, mas se esforça para conseguir o que quer.Acho essa atitude positiva.

Já outros começam a perseguir, maltratar ou podem até matar. Isso quando não ficam com aquele famoso "olhar de seca pimenteira". Atitude negativa e bastante destrutiva.


Acredito, que se alguém nesta vida nunca sentiu inveja é porque já virou "santo". Seu lugar é no céu e não na terra. rsrsrs.

Abraços! Sheila.

Mary Miranda disse...

Sheila, minha amiga!
Sentir uma invejazinha é inerente ao ser humano, por mais q lutemos contra.
O difícil mesmo é admitir!
Se o fizéssemos c/ frequência, poderíamos controlar o lado ruim da situação e até tiraríamos proveito, transformando o defeito em virtude, porque nos impulsionaria a lutar por nossos objetivos.
Vc colocou os dois lados da moeda no q foi muito coerente e adequado à ideia do post!
Obrigada!
Adorei quando vc disse q quem não tem uma invejazinha sequer deveria estar no céu... rsrsrs
Abração da Mary p/ vc! :-)

eu disse...

inveja é um sentimento mesquinho de pessoas incapazes que não lutam pelo que qerem. ''Se sua estrela não brilhar não apague a minha ''(desconheço a autoria)

Mary Miranda disse...

Oi, amigo(a)!
Concordo plenamente!
Só pessoas q não são capazes de lutar pelo o q querem, podem ter uma forte inveja dos outros!
Claro q uma invejazinha é normal, mas q não passe do limite e nem prejudique ninguém!
Um abraço,
Mary. :-)

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