PARA QUEM AMA GATOS

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Trilhas sonoras inesquecíveis


Todo mundo tem aquela música para cada cena de sua vida!
Às vezes estamos parados em algum lugar e vem um pensamento meio doido:
"Que música tocaria para esse cara, que vem com uma caixa de picolé na mão, se ele fosse personagem de filme?"
Eu sou bastante intrigada com isso...
"Ah, aquela moça com cabelos vermelhos pede a música X! E o garotinho de tênis branco já tem uma cara de música Y!..."
Independentemente de sermos personagens de filme, quando tomamos alguma atitude semelhante ao personagem que nos tocou fundo na alma, o que quer que seja o som usado para a cena, a trilha nos arremete lá, dentro do mundo fictício.
Será que há alguém neste Planeta que não recorde de "My heart will go on", de Titanic, quando brinca de abrir os braços quando está no alto?
Ou que não se aflija profunda e dolorosamente ao ouvir "Jaws " (Main Theme), de Tubarão, onde quer se esteja, acreditando que vai levar uma abocanhada a qualquer momento do voraz animal?
E o que dizer de "Psycho", do clássico do terror Psicose?
Algum indivíduo pode ficar impassível, sem imaginar o banho mais famoso do mundo, com direito à faca em silhueta e um senhor pra lá de esquisito que se vestia de "mãe" dele próprio?
Trilha sonora de filme vai no fundo, "pega legal"!!!!
Claro, como tudo na vida, as músicas usadas em produções cinematográficas, são bem particulares.
E o meu gosto por sons em cinema, difere muitas vezes do meu gosto pessoal, cujo contexto favoreceu aquela batida especial.
Um bom exemplo, é Tropa de Elite, com o seu funk "Rap das Armas " de abertura, que é magistralmente trabalhado e até requintado dentro da atmosfera de violência, drogas e sexo do filme em questão.
Eu jamais ouviria aquela música dentro de qualquer lugar que não fosse na cena!
Os estrondos , os festejos se embolam com o sonoridade das armas utilizadas , e fica uma sensação de que festa e bagunça moram juntinhas, lado a lado...
Contudo, é gostoso demais termos uma trilha que serve para nossa vida, anseios, que revitalize o dom maior que é o de viver!
Trago comigo no coração , trilhas fantásticas que em quase todos os momentos do meu dia, eu me arremeto na placidez dos acordes bonitos e vou mergulhando , mergulhando, até dispersar de qualquer aflição que possa existir ao meu redor.
Eu poderia formar uma extensão de nomes e autores com seus ideais mirabolantes de "Luzes-câmera- ação" regados a " zunidos " coerentes .
Entretanto, a minha praticidade me diz que não haveria um ser pensante que agüentaria ficar lendo até o fim, um monte de opiniões musicais que talvez não seja em acordo com seu gosto.
Decidi, então, apenas expor as que me tocam a lembrança, de tal maneira, que eu seria uma "criminosa" se não as expusesse.
Vamos lá!
Não riam, mas Meu primeiro amor, com o lindinho- e- docinho ( na época!) Macaulay Culkin, sempre me arranca do tempo e espaço quando os meus ouvidos detectam "My girl", cantada pelos Los Lobos.
Ai, aquilo me dá uma paz, uma alegria que não sei explicar!
Fico relembrando a cena da contagem da menininha que contracena com Macaulay , antes de aplicar-lhe uma beijoca bem inocente!
Que mel!
O clássico "Tara's Theme", do nada menos clássico ... E o vento levou, faz um furacão dentro de mim!
Lá fico eu revivendo o antológico "Jamais sentirei fome novamente!" da ambiciosa e ao mesmo tempo adorável Scarlet O' Hara.
Esse filme, quando foi feito, eu nem sonhava em nascer, mas não tem jeito: sucumbi , porque todo mundo fala tanto e sendo assim, acabei comprando o DVD , assistindo o referido.
Não é das produções que mais gosto ( prefiro o outro clássico e igualmente velho, Ben- Hur).
Só que é inegável a mágica da trilha sonora dela em minha vida.
Eu pego fogo quando capto "Slave to love " no ar !
Viro uma "escrava do amor" como sugere o título! Derreto inteira, sinto vontade de explodir de tanto "Ui!" , logo nos primeiros acordes de Bryan Ferry.
Essa volúpia toda se deve ao acabamento luxuriante que fizeram de 9 1/2 semanas de amor um dos filmes mais tesudos que eu já assisti!
Quando Mickey Rourke e Kim Basinger "mandam ver" perto de sinos, elevador, onde a imaginação permite, espertamente sapecam o tema principal!
Engraçado que os produtores não se utilizaram da canção para embalar os momentos "gastronômicos", vamos dizer assim do casal, no apartamento!
Resolveram pôr ao fundo uma musiquinha um tanto ou quanto cômica para o meu gosto...
Não tem conversa: o que mais me marcou foram os sinos e Bryan Ferry rolando solto!
Amo " I can't dream about you", de Ruas de Fogo!
Ah, me lembro que o Michael Paré , o ator principal , andava com uma mulher que tinha a cara da Renata Sorrah, então, toda vez que ouço a música, me vem a imagem dos dois desbaratando umas criminalidades nas redondezas, principalmente quando ele tenta salvar a amada.
Maravilhoso isso!
John Travolta, no meu coração nostálgico, jamais teria um espaço tão afetuoso, se não fosse por "Stayin' Alive" , oriunda do inesquecível Embalos de Sábado à Noite!
Fui apresentada ao sr. Travolta, aos Bee Gees, ao filme dançante, por conta dos meus doces manos mais velhos ( sou caçula e temporona, ainda por cima!), que vivenciaram a áurea época das discotecas.
Adivinhem o que eles fizeram logo quando um colega arrumou o VHS com o filme?
Pediram emprestado, óbvio, e eu tive o prazer de me deliciar com as peripécias ultra sedutoras de John "Topete Volta" nas pistas de dança!
Aquele caminhar na calçada iniciando a saga de Tony Manero, entrou para a história!
Não tenho palavras para definir o meu gozo e a minha delícia de ver alguém tão objetivo nos seus passos certeiros...
Parabéns ao Embalos!
É dele também outra canção que me prende o fôlego.
"How deep is your love", tocada só por instrumentos, quando Tony e sua amiga, sentados num banco de praça, conversam sobre a ponte do Bridge, em Nova Iorque.
Tony sabia tudo, literalmente, sobre aquela ponte...
Quem sabe quais são as cores do vento?
Eu não sabia até a índia Pocahontas me contar!
É desse desenho que o meu delírio se faz, através da belíssima canção "As cores do vento", quando a índia, correndo com o seu namorado, o John Smith pelas montanhas incomparáveis de sua terra natal, se mistura a mato e luzes , entoando os seus sentimentos de amor e ternura à sua virginal terra distante.
Pocahontas, um bom desenho, trilha sonora melhor ainda!
Os meus sentimentos musicais também trazem Orfeu, com os brasileiríssimos Tony Garrido e Patrícia França.
Meu Deus! Que cena estupenda que o ator ( eu não sabia que o era) Garrido nos proporciona, ao resgatar Patrícia do fundo de um precipício!
Minhas lágrimas escorreram ao colocarem ao fundo "Sou você" , cuja composição é de Caetano Veloso.
É de esmagar o coração, é para insensíveis se tornarem pessoas melhores, gente que vale a pena se ter por perto!
Como eu já avisara, não quero me estender!
Sei que há muitas músicas e seus filmes, talvez eu faça até um "Trilhas sonoras inesquecíveis II", só que pararei aqui, pois do contrário, me torno uma mulher sem palavra.
Se me permitem, vou encerrar com a que MAIS me balança, me deixa tonta de emoção e me faz esquecer que eu tenho lado esquecível como qualquer um, isto é, posso ser uma pessoa má, às vezes.
Quando eu penso que não sou mais romântica, que não gosto mais de flores , que não creio que o mundo tenha jeito e nem acredito em príncipes encantados nos seus já manjadíssimos cavalos brancos, lá vem Em Algum Lugar do Passado, com o meu eterno ídolo artístico Christopher Reeve ( para os mais esquecidos, Chris interpretou Superman como ninguém mais conseguiu e nem conseguirá!) me fazer suspirar "no teu quarto, na cozinha, na sala de estar...", como cantaria Ana Carolina.
A trilha deste romântico e lindo filme de amor é a sacada mais original , perfeita, equilibrada, decente, coerente ( quais adjetivos além que eu posso usar?) que eu guardo na lembrança!!!!
"Somewhere in Time" , de John Barry, praticamente fala com os expectadores, ainda que toda a carga fonográfica da produção seja instrumental.
Eu fico muda diante de todo o álbum, que traz ainda Rachmaninoff, conhecido por ser compositor erudito de desenhos animados e filmes.
Não tenho nenhuma cena que eu diga que é mais marcante por causa da música ao fundo!
Porque a linguagem usada pelo diretor contém elementos sonoros, que se tornam inseparáveis do contexto .
Há uma cena em que uma caixinha de corda tocando a música tema, já transmite por si a idéia que quer transmitir!
Casamento ímpar de som x ação.
O romantismo que mora em mim, traz muitas cenas deste cult movie e como eu devo destacar uma cena em particular, fico com o encontro dos personagens Richard Collier e Elise McKenna perto de uma árvore.
O ambiente é acolhedor, a interpretação dos atores é arrebatadora, a fotografia incomparável e "Somewhere in time" , a estrela-mor do espetáculo!
A história se passa no século XIX e Richard tirando o chapéu para cumprimentar a até então boquiaberta Elise, é de arrepiar!
O que eu escrevi é apenas uma amostra do que eu curto muito nesses sons de cinema!
Estou para ver adequação mais coesa que som x ação!
Se existir, quero ser apresentada!
Enquanto isso, continuarei vendo por aí uma cena e lembrando de alguma música de filme.
"O atendente da pizzaria fez um negócio igualzinho àquele personagem. Tocava bem uma música nessa hora. Era essa aqui..."
Vou permanecer fazendo minhas comparações diárias; não vai haver jeito! ...
Pelo menos, é o que me parece!


( Imagem: http://maisdomesmo.amatilha.com.br/page/4)

12 comentários:

Anônimo disse...

Falar de música é sempre muito bom. É saudável o poder que as canções exercem sobre as pessoas. Num mundo em que vivemos no corre-corre infalível de todos os dias, as músicas soam como bálsamo. Desde tempos remotos, aqueles que fazem o "antigamente" reflorescer, os sons musicais invadem-nos a alma e vibram como perfeitos indicadores do que amamos. As trilhas sonoras em filmes são muito bem elaboradas e minuciosamente estudadas para que elas se adequem perfeitamente ao enredo da história apresentada. Eu me transporto nas asas do filme Top Gun (não exatamente pelo conteúdo mas sim por "Take my breath away", uma canção que hipnotiza, faz levitar, nos leva longe, sem rumo e sem hora para chegar. Quando se fala de música seja ela alegre ou triste, cantada ou instrumental, fala-se de nós mesmos, de momentos simples ou não, conversa-se com a natureza, trocamos carinho com o amor. É claro que você já viu aquele comercial de cigarro que utilizou a canção "The Magnific Seven" do filme "Os Sete Magníficos", e é impossível não parar diante da televisão para apreciar a união daquelas imagens com o belo fundo musical. É para viajar mesmo, deslocar-se, embevecido por tanta emoção que havia naquele contexto. Ironicamente as marcas de cigarro (esse veneno terrível) eram apregoadas através de comerciais belíssimos- acompanhados de canções também muito lindas. Canção linda também é aquela do filme "Uma Secretária do Futuro" que é a conhecidíssima "The Lady in Red" com a interpretação soberba do Chris de Burgh. E é isso: é imossível falar de todas as músicas que nos tocam o coração. São praticamente infinitas porque elas convivem conosco, elas dormem os nossos sonos, elas parecem de carne e osso igualando-se a nós, entendendo cada minuto de festa ou sofrimento que o mundo nos impõe. Em todos os lugares a música se faz indispensável contando histórias para as crianças, advertindo o mundo para os perigos, falando de amor e tendo ela o ritmo que for, nos embala e nos ajuda viver. Portanto, Mari, estou extremamente feliz por poder voltar a comentar os seus textos(que sempre são muito saudáveis) justamente falando de algo tão espetacular que é a música. Os seus posts soam como vento na janela tal qual uma bela música suave. Abraços de Henrique.

Anônimo disse...

Fala, Henrique!
Pô, assim não vale!
Vc lembrou uma música de filme que eu estava martelando p/ lembrar e não consegui: "Take my breath away"!
Caraca, o filme "Top Gun", sem essa música, não teria a fama q teve!
Claro, a beleza de Tom Cruise( que maravilha dos deuses do Olimpo! rsrsr)também ajudou bastante, mas a música-tema não tem como negar q foi demais p/ o acabamento final.
Essa do cigarro marcou também!
Vc acredita q tem aluno meu q a conhece ?
Eu ainda peguei a época q se passava comerciais de cigarro na Tv e essa era um clássico!
Adorei o comentário!
Vc foi bem elucidativo com a resposta longa, mas objetiva!
Valeu mesmo!
Abração da Mary p/ vc!

Anônimo disse...

Sempre fui fanático por cinema. Desde quando era menino eu estava todos os domingos lá e muitas músicas me marcaram. Uma que aprendi a cantar em inglês, ainda pequeno, foi Unchained Melody. Muita gente não sabe mas essa música foi tema de um filme de 1954 ou 1955. Anos mais tarde ela voltou em Ghost. A trilha sonora de Cinema Paradiso também é fantástica. Outra que acho fabulosa é a trilha de Dança com Lobos. Sem contar Em Algum Lugar do Passado. Essas músicas me marcaram para sempre. Entretanto há outras que não me lembro no momento mas são muitas.
Sou fanático pela orquestra do André Rieu. De vez em quando ela relembra uma dessas músicas.

Albano

Anônimo disse...

como musico/desportista a musica carruagens do fogo 1981 - (ganhou o oscaralho) do vangelis é a musica que mais marcou minha trajetoria até este momento na terra.

Anônimo disse...

Eu gosto das trilhas sonoras nos filmes do Spielberg: ET, Indiana Jones, O Resgate do Soldado Ryan, Jurassic Park, etc...

Mas curto também a do Star Wars, um clássico.

Anônimo disse...

Oi, Albano!
Legal a sua explicação sobre a música "Unchained Melody" ter sido usada antes num filme! Não sabia!
Parece brincadeira mas ainda não assisti ao filme "Cinema Paradiso" q todos falam q é muito bom...
Como vc disse, há tantas trilhas sonoras maravilhosas, q nos transportam a mundos distantes, não é mesmo?
Um abraço,
Mary.

Anônimo disse...

Oi, André!
"Carruagens de fogo" é mesmo demais!!!
Deveriam repetir esse filme; não sei o q anda ocorrendo c/ as Tv's abertas!
Há um disco( vinil) c/ uma trilha sonora de novela do acervo dos meus familiares , q tem essa música.
Muito bom!
Abraços,
Mary.

Anônimo disse...

Guilherme,
Vc lembrou muito bem: "Star Wars".
Show de bola aquela trilha!
Eu tenho em minha lembrança muitas passagens de cenas maravilhosas, onde a trilha ditava o ritmo!
E "Indiana Jones" parece música q faz parte da própria respiração.
É, de trilhas sonoras inesquecíveis realmente estamos bem servidos, não?
Um abraço,
Mary.

Anônimo disse...

Oi Mary,
Sim, a música Unchained Melody foi tema de um filme de 1955 chamado "Unchained" que no Brasil teve o nome de "Fuga Desesperada" ou "Fuga Alucinada". Não lembro mais. O filme não fez sucesso algum mas a música ficou. Segundo o Google ela teve mais de 500 interpretações diferentes. Já li em algum outro lugar que foram mais de 700.
Quanto ao filme Cinema Paradiso:
Num final de semana cheguei numa locadora aqui de Cruzeiro e pedi ao dono que sugerisse um filme para eu assistir no domingo. Quando ele colocou o filme sobre o balcão eu olhei e empurrei de volta dizendo: "O que? Filme italiano? Nem a pau! Eu gosto só de filme americano e mais nada."
Ele empurrou o filme de volta para mim e disse: " LEVA! Se você não gostar não precisa pagar."
Para encurtar a história:Pouco tempo depois compreio DVD e de vez em quando revejo o filme. Está entre os 10 melhores que já assisti em toda a minha vida. E a trilha sonora considero uma das melhores que já vi.

albano

Anônimo disse...

Oi Mary,

Achei a trilha de Cinema Paradiso no youtube. Ouça e depois me diga o que você achou. Do meu ponto de vista é uma das coisas mais bonitas que já ouvi. Mas acho que seria bom assistir o filme primeiro.
Para ouvir é só entrar aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=1FzVWlOKeLs

albano

Anônimo disse...

Albano,
Só hoje fui ver o seu comentário sobre a importância de "Cinema Paradiso" em sua vida!
Se é o seu Top 10, é porque o filme é bom mesmo! rsrsrs
Um dia ainda vou vê-lo, pode deixar!
Um abração,
Mary.

Anônimo disse...

Ah, Albano!
Já ía me esquecendo!
Vou seguir seu conselho e só vou ouvir a trilha sonora quando assistir ao filme.
Mas valeu a dica!
Abração,
Mary.

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