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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ariano Suassuna, um brasileiro


Você conhece Ariano Suassuna? Não?
Não sabe o que está perdendo...
Suassuna é um daqueles senhores de cabeça branca, pacato, com um "causo" em algum lugar dos neurônios inteligentíssimos, o que nos faz parecer que o conhecemos há séculos...
Mas você conhece O Auto da Compadecida, não é mesmo?
Ah, agora clareou, tenho certeza!
Ariano Suassuna é um dos maiores dramaturgos de nosso país, muito conhecido através de suas obras , como O Auto da Compadecida, A Pedra do Reino, Uma Mulher Vestida de Sol, O Santo e a Porca, A Farsa da Boa Preguiça, A Pena e a Lei, O Casamento Suspeitoso, entre tantas outras obras de se "tirar o chapéu"!
Esse doce "veinho", com seu delicioso sotaque regional nordestino fará, amanhã, 16 de junho, 82 aninhos, muito bem vividos, como ele adora deixar bem claro!(Nascera na Paraíba, a 16 de junho de 1927, sendo batizado com o pomposo nome de Ariano Vilar Suassuna).
É um "bicho-do-mato"(definição dele); não suporta ficar nem um dia longe de seu quinhão (lê-se: uma casa no interior de Pernambuco).
Comemorou há poucos anos, 50 anos de casamento com Zélia, sua companheira e incentivadora.
Torce para o Sport, entretanto, há quem diga que tem uma queda pelo Palmeiras... (Será? Só perguntando ao "mestre"!)
Suassuna, se não fosse o fenomenal autor teatral que é, já teria um nome histórico em nosso Brasil varonil: é parente de João Pessoa, o político assassinado e homenageado através da capital do estado de origem (Paraíba).
Detesta viajar de avião: foi um custo convencê-lo
a desfilar no carro alegórico da Escola de Samba Império Serrano que o homenageara em 2002!
Não tolera Michael Jackson e Madonna. Abram aspas:
"Quem consegue escutar isso? (quando puseram um CD dos popstars) Para mim, não passam de lixo cultural!" (Eu não compartilho com ele dessa opinião; aprecio muita coisa que os dois megastars produzem e produziram. E deem um desconto, povo: deve ser difícil se adaptar a estilos "modernosos" nos seus 82 anos, concordam?)
Sua obra-prima , O Auto da Compadecida, foi escrita basicamente num fôlego só.
Na sua velha máquina de escrever manual (nem elétrica era!), após vários escritos à mão.
Vocês sabiam que Suassuna olha com muita reserva a informática?
Diz que o teclado frio, e passível de correção imediata das palavras "mal usadas", podam a inspiração, coisa que no papel "rolariam" mais soltas...
Não é que ele está certo????
Muitas vezes iniciei algum texto e depois "rasguei" e "joguei na lixeira", achando que não prestava...
Se fosse no papel, iria até o fim, e apostaria no que daria aquele algo "o que será?" no final da ideia!...
Meu querido "veinho" é um imortal: ocupa a cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras.
Mas...  Vamos retornar ao Auto?
Essa fabulosa peça teatral estreou em Pernambuco, logo veio para o Rio de Janeiro e nós, brasileiros, temos a honra de todos (sem exceção) conhecer a saga de João Grilo e Chicó, seja pela peça em si, pelo filme, pelo livro que traz as mais importantes obras do teatro nacional...
O que eu posso falar sobre ela sem delirar um bocado em sua mensagem social crítica em forma de comédia nonsense?
A primeira vez que tive contato, foi através de um livro de sétima série, jogado na estante, sem muita relevância, lá, enchendo de poeira, ocupando um espaço típico de livros.
Abri, li, gostei, e me apaixonei...
Quando fiz um curso de teatro, nosso professor nos pediu que pesquisássemos um autor teatral e sobre ele versássemos através de esquete.
Nosso grupo optou por Suassuna, pois ele tinha O Auto em seu metiê bibliográfico.
A esquete (que virou uma pequena peça) chamou-se O Auto de Suassuna, brincando com as personagens da já muito bem citada obra (fiz a Dorinha, a pervertida esposa do Padeiro).
Eu lembro muito bem que dentre as muitas curiosidades que descobrimos sobre ele, ficou uma martelando em nossos cérebros: Suassuna detesta estereótipos regionalistas!(Aquela vozinha de taquara-rachada que sempre imprimem nos personagens interioranos do nordeste, o deixa muito bravo, ele que é um homem tão calmo e solícito!)
Em nossas tentativas de fugir do lugar-comum dos sotaques, nosso grupo conseguiu absorver o que ele explanara . através de uma entrevista dele próprio.
Nós o ouvimos atentamente e percebemos que seu sotaque é de um perfeito nordestino, mas sem forçação de barra, tranquilo, objetivo, delicado, sonoro, um deleite aos ouvidos!
Não conseguimos a proeza dele nos assistir, mas tenho quase certeza de que ficaria satisfeito com o resultado. Caprichamos mesmo!
Para fechar com chave-de-ouro, vale frisar que O Auto da Compadecida ganhou tantos prêmios, que eu ficaria até amanhã escrevendo, em todos os veículos midiáticos pelos quais passou!
Feliz aniversário, meu fofíssimo Ariano Suassuna!
Será que um dia terei o prazer de conhecê-lo?
Se isso acontecer, nem vou conseguir dormir direito...
(Fontes de pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ariano_Suassuna
www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/ariano-suassuna/ariano-suassuna.php)
(Imagens:
http://www.politicavitoriense.blogspot.com/
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL104779-7084,00.html)

7 comentários:

Lugirão disse...

Ariano , é daquelas pessoas que começa a flar e você fica ouvindo, ouvindo...até quase a baba escorrer...ele é de uma simpatia, e tem muito o que contar... já fiquei assim com cara de boba várias vezes.

Pense num cabra arretado!

Não sabia do seu aniversário, Parabéns , que vivas mais um ano pleno, e daqui um ano estaremos desejando mais um...

Lari Bohnenberger disse...

Adoro Ariano Suassuna!

Tem um prêmio pra você lá no meu blog!

Bjs!

Biluz Artesanato disse...

Olá seu blog é show.
estou te seguindo pra não lhe perder. rsrs
se puder me seguir tbm será ótimo :D
Biluz Artesanato

Anônimo disse...

será que é o amor que mantem 50 anos de casório ou o costume de viver com a pessoa?

Mary Miranda disse...

Oi, Lu!
É verdade!
Eu seria capaz de ouvir Ariano contar os seus "causos" até o dia seguinte, s/ me cansar!
Não sei se vc tem a mesma sensação, mas quando o vejo, eu me sinto íntima, como se o conhecesse há anos.
Engraçado, né?
82 velinhas sobre o bolo...
Que Deus o permita q ele sopre, no mínimo, o dobro delas em sua vida!
Bjs,
Mary.

Olá, amigo!
Logo quando puder vou dar um pulinho e ver a matéria sobre os "miaus", ok?
Abraços,
Mary.

Mary Miranda disse...

Oi, Larissa!
Ariano é "mara"! rsrsrs
Olha, já fui no seu blog buscar o selinho, viu?
Obrigadão, querida, pela demonstração de carinho!
Bjs,
Mary.


Olá, Biluz!
Obrigada pelo elogio tão edificador!
Espero corresponder às suas expectativas em relação ao Fatos de Fato!
Qualquer hora vou visitá-lo, ok?
Um abraço,
Mary.

Mary Miranda disse...

Oi, FRX!
Taí, uma boa pergunta!
Eu acho q é uma junção dos dois: amor e costume.
Creio se não houver amor, a rotina logo, logo desgasta o casamento.
Mas se houver amor, e o casal não se acostumar c/ o ritmo um do outro, ele, o amor, acaba e ambos não suportarão ficar mais juntos.
Espero em Deus um dia poder ter um casamento estilo "envelhecer juntos".
Adoraria daqui a 50 anos poder olhar p/ o meu companheiro e ainda sentir a mesma emoção dos primeiros olhares, dos primeiros beijos...
Ando tão romântica... ai, ai!
Viva o grande Ariano Suassuna, c/ sua cuca legal e casamento longevo!
A huge kiss to you,
Mary.

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