PARA QUEM AMA GATOS

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terça-feira, 5 de abril de 2011

Você sabe com quem está falando?


Muito me aborrece quando medem o valor de uma pessoa, pelo o que ela representa ou pode fazer.
Alguém que tem poder, não deveria ser o mesmo tipo que se vale de sua posição melhor!
Sempre me pego avaliando o comportamento da turma do "Você sabe com quem está falando?" que, de maneira aterrorizante, temos a infelicidade de avistar ao vivo ou por TV.
Que miséria você estar numa fila imensa, há horas, tendo um "bendito" desses, escancarando triunfalmente o seu crachazinho cretino ao segurança, entrando direto em alguma instituição! Após um zum-zum-zum momentâneo sobre o valor que teria a tal carteira, descobrimos desconsolados que a relevância vem de algum "figurão", um juiz, um "doutor", ou ( só Jesus!) um simples policial de quatro meses no cargo, mas que pelo sim, pelo não...
Às vezes o segurança encarregado de manter a ordem e a vigilância, não se rende a esses "avisos de poder" que trazem em formatos quadrados ou retangulares, não deixando passar os mesmos subversivos.
E contra a força há resistência?
Os "meliantes encarteirados" insistem jogando o dito padrão, como uniforme de fala, e um "Você sabe com quem está falando?" soa como estouro em ouvido mudo.
Ficam lá os infelizes proletariados, aqueles mesmos contratados para manterem a "ordem e a segurança", quedando-se em submissão...
Quando se trata de bailes, restaurantes, esses abusos de poder tomam proporções ameaçadoras!
Entram antes que os outros, não pagam o ingresso, dançam à noite toda, comem e bebem o que tiver de melhor, curtem o que lhes aprouver, sabendo que qualquer intuito de revolta alheia, a carteira encantada mostra-se evidente...
Houve um fato que me fez sentir que ainda há justiça em nosso País ( "O Brasil tem saída: ainda não roubaram o Galeão...") :
Um desses famosos (não me force a citar nomes!) foi preso por bagunçar a ordem.
Logo ele gritou, vendo que a lei valia para todos:
- Mas eu sou Fulano de Tal!
E o delegado disse, ironicamente:
- Eu sei! Você trabalha bem! Mas a sua cela é aquela ali, à esquerda.
Só saiu sob pagamento de fiança...
A lei da "carteirada" em nosso país, senão no mundo, parece uma epidemia!
Todos querem ter insígnias, carteiras, papéis, crachás, etc., provando o poder de fogo que possuem em certos ambientes.
Eu me pergunto se esses valores "autorizados", não seriam o reflexo da própria evolução social já que, em áureos tempos, um fio de cabelo era a garantia de idoneidade, depois passou ser a palavra dada, mais tarde papéis assinados e agora, os crachás timbrados...
Por pura ironia, por termos a "garantia" desses recursos, é que somos mais enganados ainda! Uma palavra de uma pessoa digna não precisava de testemunho, de comprovações, e até a intuição, algo que não deve ser ignorado, nos valia para a importância do que se era afirmado. Nos tempos atuais, nessa modernidade ultrapassada, olhamos para os tais escritos legais, não damos crédito no senso, mas retornamos com palavras de "aceitação".
Tantas vezes aqueles senhores de uniforme e seus apetrechos governamentais, de IBGE ou de combate à dengue, já me foram motivo de desconfiança!
E lascam RG, data de emissão, carta do Governo Federal, Estadual, Municipal e o Escambau, e nada colabora para a permissão de entrada deles no meu quintal...
Em qualquer bodega de fila, temos que estar com "escritos comprobatórios", sejam identidades, senhas, cartões, e tudo o mais que "prove" que alguém seja alguém!
Dá vontade de dizer:
- Eu sou eu, não está vendo????
Pior mesmo é saber que ninguém se importa que eu seja eu!...
Não venho com crachás de sumidade, nem de "berços esplêndidos" de família quatrocentista, muito menos trabalho para o Tesouro Nacional!
Por Deus que eu queria ter um poder assim, de adentrar instituições sem obstáculos, por ser "alguém de valor", mas não usar esse tal poder!
Esperar tranquilamente a minha vez, sorrindo gostosamente por dentro, por saber que o poder maior que eu teria, era de simplesmente ser uma pessoa, ativa e cumpridora dos meus deveres e direitos...
Sobretudo, longe de me atirar a definições difusas ou confusas, ser uma honrada e corajosa Cidadã Brasileira!...


Deixo aqui uma piada, que adaptei da revista Seleções, cujo enfoque é exatamente a temática do post.
Veja se não é bem relevante?


"Um chefe de polícia cismou de fazer uma vistoria, ele próprio, numa fazenda local ao seu distrito. Chegando à fazenda, foi recebido por um humilde vaqueiro, que o atendera com toda a educação:
- Boa tarde, seu moço, o que deseja?
O chefe respondeu:
-
Seu moço, não! Olha lá como fala comigo?! Sou um chefe da polícia e exijo mais respeito! Olha aqui o meu crachá! Tenho permissão total para vasculhar toda a área!
O vaqueiro lia mal-e-mal, mas compreendeu que era um documento sério que deveria ser levado em conta.

- Tudo bem, então! O senhor pode olhar tudo o que quiser, menos no lado dos laranjais porque... Orgulhoso, o chefe entrou com rudeza, dizendo:
- Já não te falei que eu tenho autorização para fazer o que quiser, rapaz?
Só que o vaqueiro queria avisá-lo de que o touro Felisberto estava solto perto das laranjas, e era muito brabo...

Por pirraça, o policial começou a vistoria logo onde era proibida a sua estada, levando um susto e um corre praticamente fatal de Felisberto.

Quando se aproximou de um cercado, sem fôlego e desesperado, pediu ajuda, humildemente, ao vaqueiro:

- O que posso fazer para esse touro não me atacar?
Nessa altura do campeonato, não havia muitas opções para a ajuda, então, o vaqueiro disse apenas:

- Mostre o crachá, mostre o crachá..."


(Imagem:

http://uriadriano.wordpress.com

Edição de imagem:

http://marymiranda-fatosdefato.blogspot.com)

26 comentários:

Gisele VasFi disse...

Fantástico o teu texto e tão fantástica, quanto, foi a historinha no final do texto.
Precisamos despertar para o maior crachá que existe e que pode, sim, mudar a situação: nosso título de eleitor. Quando o povo entender o poder deste crachá e como fazer para que este poder funcione, as coisas mudarão.
E pessoas como você, que usam tão bem o espaço que têm, serão as responsaveis por estas mudanças. Parabéns por não se calar, bjs.

Mary Miranda disse...

Olá, Gisele!

Obrigada desde já pelo excelente comentário!
E fico muitíssimo motivada a continuar escrevendo quando descubro que meu texto serve para reflexão, informação, ou algo assim...
Amiga, é triste vivermos num mundo onde documentos, números, papéis têm mais valor que a própria existência.
Tiro o meu chapéu para a questão que você levantou, sobre o péssimo uso que fazemos com o nosso voto!
Enquanto aceitarmos essas 'carteiradas' de 'autoridades', estaremos infinitamente sendo rebaixados, nos diminuindo diante de uma sociedade injusta e arcaica!

Mais uma vez agradeço sua presença!
Adorei mesmo que tenha aqui deixado tão importante comentário!

Beijos,
Mary:)

Atena disse...

Adorei o texto! Já morei em Brasília, capital do "você sabe com quem está falando?" Volta e meia eu enfrentava algo assim.
Meu pai me contava que na época do pai dele os homens firmavam documentos com fios de bigode (gaúchos) sinal de sua honra.
Em alguns aspectos os velhos tempos eram bons, não?
Hoje vivemos numa sociedade onde o que vale é o que a pessoa tem: dinheiro e/ou poder e não o que a pessoa realmente é.
Precisamos mudar isso e já, portanto a parabenizo pelo post.
beijão

Mary Miranda disse...

Oi, querida Atena!

A sociedade está sempre mudando: conceitos, valores, visões...
Mas não acho válida a mesquinhez de certos seres humano, em querer abusar de sua autoridade, para benefícios fúteis, pouco importando quem esteja perto: sai atropelando!
Acho legal uma pessoa ter seus crachás honrosos; acho que dá uma sensação de vitória por uma luta justa.
É o abuso da utilização que em revolta!!!!
Imagino, amiga, você esbarrando com esses tipos a quase todo momento.
Eu acho que não teria nem um pouco de paciência para conviver com essa situação!
Creio que o caminho seja esse, de colocarmos nosso desabafo aos quatro cantos, para que essa 'barbárie social' termine de vez em nossa sociedade!

Beijos, e muitíssimo obrigada pela maravilhosa contribuição ao post!

Mary:)

house disse...

sensacional seu post tratando um dos grande problemas sociais que temos, realmente isso acontece em todos lados no pais maravilhoso, aproveitando o que tem e abusa de quem nao tem. Bela historia que escreveu da revista. Abço e fica com Deus.

Mary Miranda disse...

Oi, House!

Também acho um dos mais graves problemas do País, senão do mundo, o uso da 'carteirada'!
O poder é apra ser meritório aos competentes, e não para uso escuso e de maneira arbitrária!
Quando li aquela piada na revista, pensei: 'Vou adaptá-la e postar no blog...'
Você reparou que ela foi 'na veia' da temática, né, não?

Obrigada pelo grande comentário!


Um abraço,
Mary:)

Jackie Freitas disse...

Olá minha amiga, Alteza querida!
Uau!!! UAU!!! Que texto maravilhoso, amiga! Entre tantos maravilhosos, posso afirmar, sem medo de errar, que esse é um dos seus melhores textos! Não apenas pelo tema abordado, mas pela leveza e construção tão envolvente.
Permita-me, Alteza, colocar aqui um fato ocorrido que até circulou por e-mail (muitos o conhecem), mas que tem tudo a ver com esse maravilhoso texto:
História real ocorrida no aeroporto Stapleton em Denver, no balcão da
United.
Um vôo havia sido cancelado. Uma funcionária da United estava tentando realocar os passageiros
em outros vôos, e uma longa fila estava aguardando. De repente um
sujeito nervoso passa na frente
de todos, chega no balcão, entrega a passagem e diz: TENHO que estar
neste vôo, e TEM que ser na primeira classe.
A funcionária responde: Sinto muito, senhor. Terei o maior prazer em atendê-lo, mas devo atender
essas pessoas primeiro, mas tenho certeza de que poderemos conseguir
alguma coisa muito boa.
O passageiro não se impressiona. Ele pergunta bem alto, para que todos possam ouvir: Você sabe
quem eu sou?
Sem hesitar, a funcionária sorri e pega o microfone, e sua voz ressoa
por todo o terminal:
Senhores passageiros, um minuto de sua atenção, por favor. Temos um
passageiro aqui que NÃO
SABE QUEM É. Se alguém puder ajudá-lo a descobrir sua identidade, por
favor aproxime-se no
balcão.
O pessoal na fila começa a rir histericamente. O passageiro, mais
furioso do que nunca, olha para a
moça e diz, em inglês bem explícito: Fuck you!
Sem pestanejar, ela sorri e diz: Sinto muito, senhor, mas o senhor terá que entrar na fila para isso
também.
O homem retira-se e o povão no terminal aplaude longamente.

Para mim, a atitude dessa funcionária lavou a alma de pessoas como nós, indignadas quando alguém realmente tenta impor o seu valor através de um sobrenome, crachá, cargo, título ou qualquer patente... Infelizmente, amiga, pessoas, cada vez mais, são medidas não pela bondade de seus atos, por seus valores ou éticas. Vejo jovens sendo formados nessa escola preconceituosa, quando são ensinados a selecionarem amigos e amores pelo berço familiar ou pelos bens que eles possuem. Ser boa pessoa? Ah...não paga contas! Agora, se tem "pedigree" tudo bem...qualquer coisa pode ser relevada e perdoada! Os famosos Você Sabe Com Quem Está Falando ou Você Sabe Quem Eu Sou? (desculpa não usar as aspas...rsrs...você sabe a razão), como disse a funcionária no aeroporto, nada mais mostra que a própria pessoa desconhece quem ela é: Uma pessoa como outra qualquer...um ser humano com direitos e deveres como todos!
ARRASOU, Alteza! Maravilhoso esse texto!
BRAVO!!! BRAVO!!! BRAVO!!!
Grande beijo,
Jackie

Francisco Castro disse...

Olá, Mary!

Infelizmente, existem muitas pessoas que pensam que são Deus e fazem das outras pessoas seus escravos ou servos. Sinceramente, esse tipo de pessoa eu considero como nada, como alguém que não merece ter nenhum tipo de consideração.

Abraços

Francisco Castro

Samanta disse...

Olá queridíssima Musa da Escrita !!!

Maravilhoso e verdadeiro seu texto !!
Chega a ser ridículo ( será que as pessoas que fazem isso não percebem ? ) este tipo de atitude, na minha humilde opinião, logo passa uma imagem de "loser" querendo tirar onda com um documento que às vezes, nem foi conquistado por mérito...
Eu já trabalhei muito anos em uma loja de Luxo onde atendíamos artistas de Tv, cantores, e todo tipo de gente em destaque, seja qual fosse a profissão e parece que neste meio a "doença" pega...
As pessoas param de raciocinar e viram bebês birrentos e mimados onde tem chiliques se algo não é ou está como ela quer...
lamentável e deprimente, taí uma coisa que eu jamais farei, porque já estive do outro lado e não quero que sintam por mim a mesma pena, raiva ou desprezo...
É tão mais digno de admiração quando a pessoa simplesmente se comporta com educação e elegância, pois este tipo de atitude não desperta respeito nenhum, pode até surtir efeito para os que precisam cumprir ordens, mas no íntimo de cada um, são apenas um portador de algum papel importante que merece pena... ou um soco na cara !! kkk
Amei !
Muchos beijosssssssss

Mary Miranda disse...

Olá, Fênix do Bem, querida do coração, doce amiga minha!


E não é que a Fênix dessa vez veio de avião?
Preferiu descansar um pouco as asas, né? Esperta que só!... rsrsrs
Brincadeirinha, querida, com a história muito oportuna que você brindou para o post...
Não a conhecia ainda, mas é tão boa que a pergunta é: 'Por que não a conheci antes?'
Então, te agradeço pela chance de ter trazido esse exemplo tão adequado para a temática!
É isso o que deveríamos fazer sempre, como a funcionária : ironizar o 'poder' do maioral, e colocá-lo em seu lugar!
Só vejo lógica em alguém usar seus crachás para conseguir algum benefício, quando se trata de bombeiros ou médicos, pois precisam, de fato, entrar antes que os outros, para atender alguma vítima.
Mas vejamos bem: EM CASOS DE EMERGÊNCIA!
Então quer dizer que se um cara é sargento do corpo dos bombeiros, usa seu crachazinho em bailes, ele poderá entrar antes que os outros? Comer e dançar, sem pagar nada?
Acho que esses senhores e senhoras (vou com minha ironia também!) deveriam receber aulas sobre o porquê de existirem carteiras de identificação...
Coitadinhos, eles não sabem até hoje que é importante identificação SOMENTE em suas áreas de ação dos cargos nos quais exercem!
E que, mesmo estando eles em seus locais de trabalho, a educação e o respeito ao subordinado, fazem bem e todo mundo gosta!...

Um beijo, minha querida!
Se eu te disser OBRIGADA pelo comentário grandioso, vou estar repetitiva?
Mas corro o risco e repito: OBRIGADA pelo comentário grandioso, doce Fênix!
Mais uma vez você somou ao post com sua sabedoria ímpar!

Mary:)

Mary Miranda disse...

Olá, Francisco, tudo ok?

Legal você ter puxado essa questão...
É isso o que deve passar em saus mentes pequenas, que são Deus e tudo podem.
Mas o engraçado, amigo, é que Deus, que é o Todo Poderoso, não é arbitrário, é justo e, principlamente, amoroso...
E esses meros portadores de carteirinhas de poderes voláteis, querem suplantar a ordem e o direito de todo cidadão de ser atendido do mesmíssimo jeito que seu semelhante.
Pra mim essas pessoas também não significam nada.
Só passam a ser gente quando aprendem a respeitar o bem comum e o direito dos outros!

Abração!
Mary:)

Mary Miranda disse...

Oi, Menina Sorriso, minha amiga!

Você trouxe uma visão muito boa do lado 'carteirada' de certos tipos 'poderosos': a de bebês chorões!
É isso que me passa na mente também, quando vejo artistas de talento, famosos, mas que têm que lembrar a todo instante quem são, berrando aos quatro ventos que seus nomes têm valor, etc.
Como você apropriadamente mencionou, seria bem mais elegante e saudável para quem estivesse por perto, ver bons exemplos dessas celebridades...
Como seria legal sabermos que aquele artista que tanto gostamos na arte, é um ser humano igualmente passível de apreciação como pessoa!
Esses 'figurões', gente da alta que são de 'berço', nunca souberam o que é ser pobre, mas será que ninguém lhes ensinou que sendo burguesas ou proletariadas, pessoas merecem respeito?
Isso me revolta, e tenho que contar de um a um trilhão para não falar certas coisas quando vejo isso ao vivo...
A história do soco não é má ideia, ahn?
Se todo mundo se juntasse, essa sacanagem iria parar, né, não? kkkkkkkkkkk


Beijos, minha flor!
Adorei sua vinda, que foi mais uma vez maravilhosa!!!!

Mary:)

Kassya Mendonça disse...

Mary,
infelizmente aqui no nosso país, muitas coisas só funcionam na base da carteirada; talvez por culpa nossa mesmo que não fazemos valer nossos direitos e sempre deixamos a entender que porque o fulano tem um "cracha", uma insignia, uma carteira, tem prioridades e preferências.

bjus

Mary Miranda disse...

Olá, Kassya!

Se pararmos para pensar, talvez a culpa seja nossa mesmo; concordo contigo!
Já ouvi pessoas que conseguiram entrar em restaurantes luxuosos ou danceterias da moda, por conta de terem amigos influentes, e em momento algum disseram que aquilo era uma contravenção!
Há cidadãos que só não fazem a nojenta 'carteirada' , porque não têm oportunidade para tal...
Agora, pessoas dignas de verdade, não aceitam com facilidade e reclamam, tipo eu, tipo você, tipo os vários comentaristas que aqui estiveram!

Obrigada pela relevância do comentário, amiga!

Beijos,
Mary:)

Fábio C. Martins disse...

Eu odeio essas pessoas e qualquer um que dê valor ao status do que a pessoa em si. Quer dizer que dinheiro e lugar na sociedade te dá o direito de ser mais humano que outros?

Sou o que sou, não sou o que estou. Gosto de ser avaliado por aquilo que sei, por aquilo que aprendi e, principalmente, pelas minhas atitudes, não por um simples pedaço de papel.

Beijos, Mary, e desculpe a revolta.. ;)

Mary Miranda disse...

Olá, Fábio!

Esteja à vontade para exposição de sentimento, amigo!
Considero esse tipo de revolta, uma revolta do bem, porque estamos contra algo que é injusto e não estamos de braços cruzados aceitando esse tipo de imposição que vem 'de cima'!
Como é fantástico sermos quem somos, sem a necessidade de coação através de crachás, carteiras, etc.!
Você acertadamente explanou a questão do dinheiro comprando lugares.
Isso reduz a função do ser no Planeta Terra, da involução que isso causa quando transferimos para a matéria o valor, sendo que o contrário é que deveria ocorrer: a leitura do espírito de cada um deveria merecer maior atenção e respeito!

Esplêndido comentário seu , como sempre!
Muito obrigada mais uma vez!

Abração bem forte da Mary pra você! :)

Anônimo disse...

Moça Bonita
Como sempre um lindo texto.

Sempre tive em mente que: Quem tem não mostra, quem viu não fala, quem sabe fica quieto e quem pode não demonstra.
Infelizmente vivemos num país onde até síndico de prédio é “doutor”. Sei lá no que. Talvez em ciências ocultas e letras apagadas, mas é “doutor” e faz questão desse tratamento.
Sempre olho desconfiado quando vejo um cartão de médico, advogado, dentista e principalmente os etc... com o famoso “doutor” antes do nome.
Aqui só não é doutor quem defendeu tese de doutoramento. O resto esquece que são meros senhores e que o “doutor”, para certas profissões, é mero tratamento cordial.
Já as “otoridades” notórias que infestam o país - a maioria “doutores em 171” – só se impõem por culpa de nós mesmos. Nós é que os galgamos, através do voto, aos cargos de “insolências” – e como são insolentes -.
O famoso e, de algum tempo para cá depreciativo, “sabe com quem está falando” só irá acabar no dia em que cada um de nós fizer valer o seu direito e não baixar a cabeça e tivermos a coragem de responder – Com uma grandissíssima besta”.
As “outoridades” policiais e militares que, com empáfia, fazem “de vez em sempre” a famosa pergunta, só agem assim porque tem a certeza que o brasileiro prefere calar-se, aceitando imposições boçais, a buscar saber se de fato fala com uma autoridade, que não deve e não pode exorbitar ou com uma “otoridade”, que sempre exorbita.
Beijão da presidência (sem querer ser "otoridade ou "insolencia")

Valdeir Almeida disse...

Mary,

Você me deixou curioso em relação ao artista que foi preso por aplicar essa lei brasileira "sabe com quem está falando?" (vou pesquisar no Google - rsrs).

Eu, como você e a maioria dos brasileiros, odeio essa prática que expressa arrogância e discriminação.

Certa vez, na fila do caixa eletrônico, em dia de pagamento dos funcionários públicos, presenciei uma professora sendo humilhada por um policial à paisana. Ela era a primeira da longa fila, mas ele apareceu dizendo que tinha preferência. A professora replicou: "Você já passou dos 60? É deficiente físico? É gestante? Está com bebê de colo?". O policial se irritou e gritou: "Sabe com quem está falando? Sou policial". Em seguida, foi ao caixa e, após sair, destratou a professora e as outras pessoas que protestaram.

É o fim.

Beijos, Mary, e ótima semana.

Mary Miranda disse...

Olá, Canceriano Favorito!

Seu comentáro foi tão profundo, que fico aqui pensando no que vou comentar...
Sem saber bem o que dizer, opto, meu querido, por um endossamento de suas sábias palavras.
Um professor meu, na época fazendo mestrado, mostrou indignação pela injustiça que ocorre em nosso País quanto à postulação de méritos.
Nós, professores, para recebermos o título de doutor, são necessários, no mínimo, 12 anos de estudo para ler à frente de seu nome o cobiçado Dr.
Médicos, bons ou não, estudiosos ou não, comprando diplomas ou não, têm a honra de ouvir o termo 'doutor' a cada momento em seu ofício ou fora dele, bastando apenas, terminarem a graduação!
E o que dizer dos 'doutores-ninguém', aqueles que por possuírem uma formalidadezinha adquirida às custas do quê, são tratados com epítetos honrosos????
Como eu já disse, esse comentário seu está numa categoria tal, que não há muito o que complementar...

Muitíssimo obrigada por ter vindo, enobrecer, elucidar com palavras magistrais de pura relevância para o post!
Obrigada mesmo!!!!

A presidenta do fã-clube aqui te saúda, sem precisar de crachás ou papéis timbrados, já que sou fã convicta através dos sentimentos reais de amizade, carinho e consideração imensos!!!!

Beijos,
Mary:)

Mary Miranda disse...

Olá, Valdeir!

Vou te deixar na curiosidade...
Mas são tantos que fazem isso, que o Google vai te dar uma lista imensa! rsrsrs
Bem, só posso te falar que o tal mencionado por mim no post é ator, filho de um igualmente ator ( o pai é que é o bom mesmo; o filho é apenas mais um no meio artístico...)
Essas humilhações são tão catastróficas, que às vezes desacredito na evolução da humanidade, sabe?
Só que me lembro que temos que ter fé e que as coisas um dia serão diferentes, pois há muitos pessoas do bem, graças a Deus!

Um beijo, meu amigo!
Adoro quando você aparece por aqui!

Mary:)

Unknown disse...

Maru minha Flor....hoje até corremos o risco de só se declarar autoridade e todos aceitarem.... tivemos um caso assim recetentemente não é?!
Estamos tão acostumados a aceitar este "sabe com quem está falando?"!
Mas vou te contar um caso real, vivenciado por mim através de um amigo queixo duro.
Estávamos aguardando para falar com o diretor de uma grande empresa, quando a secretária do mesmo nos chamou para entrar na sala.... após termos entrado e feito as apresentações de praxe, rompe pela sala um político e pede a gentileza de nos retirarmos porque o assunto dele era urgente e não podia esperar.
Meu amigo com toda a calma e paciência do mundo, diz que o assunto dele também era importante.... e depois de alguma frases trocadas o político vira e diz: "Você sabe com quem está falando?" meu amigo respondo: "Não, com quem estou falando?" O político indignado diz que é fulano de tal, eleito e bla, blá, blá.... meu amigo houve sem emitir som.... e ao final do discurso do cidadão diz:
"E o senhor, sabe com quem está falando?" o outro olha pra ele meio desconfiado e diz que não, não fazia idéia!
Meu amigo responde:
"meu nome é fulano de tal, trabalho em tal lugar, e não sou seu eleitor... mas sou seu patrão, pago seu salário. Então por favor, aguarde sua vez, tenho assuntos importantes pra tratar aqui!"
A cara do cidadão foi o melhor da história... afinal contra fatos não argumentos.... e assim, fomos atendidos, conseguimos o que queríamos e meu amigo fez com que a frase "Você sabe com quem está falando?" Ficasse muito perigosa na boca deste político!.
beijo no coração

Mary Miranda disse...

Oi, minha querida amiga Valéria, minha flor!

Maravilhoso esse caso verídico que nos trouxe, querida!
Acho odioso a lei 'carteirada' de nossa sociedade, essas pessoas que parecem ter suas próprias leis e que dispõem da vida alheia, como se só as delas tivessem 'peso', fossem importantes!
Temos que bloquear gradualmente esses tipos, não aceitando seus jogos imundos, nem nos sentindo maiores por termos amigos influentes!
É como disse um professor meu, uma vez para nós:
'Vamos parar de bater palmas, para canalha dançar!'.
Ele está certo...
Enquanto compactuarmos com atitudes que deterioram nossa sociedade, estaremos tão ou mais errados que esses calhordas 'encarteirados'!...

Um beijo, amiga!
Obrigada por mais um comentário vitorioso!

Mary:)

CLAUDIA disse...

Olá querida Mary Exuberante!
Menina linda, esse é um problema de muitas pessoas que gostam de mostrar poder mais no fundo são frágeis,frágeis... O medo as faz agir assim,precisam de títulos para mostrarem quem são,e mostram que são prepotentes,rsrsrs.
Amiga aconteceu um caso comigo,estava eu na fila do banco e chegou minha vez,sou muito conhecida na agência mas não uso disso para passar a frente de ninguém,acho um desrespeito,quando cheguei no caixa,estava euzinha pagando minhas continhas,se aproxima uma homem bem vestido e diz: Minha senhora eu sou Juiz fulano de tal e tenho prioridades,a senhora poderia me dar licença.Eu fui nas nuvens,imagina a cena,rsrsr.
Respondi: Olá Sr.Juiz Bom dia,eu sou a Claudia,estou pagando minhas continhas que são prioridades para mim também e me desculpa não posso lhe dar licença não,aqui no Banco o Sr,Juiz é igual a todos,com licença estou com uma pressa!!Ele foi a gerência do banco e voltou com o gerente que é muito meu conhecido,e pediu licença de novo,eu respondi: o Sr. esta sendo incoveniente,prepotente e arrogante,não vou sair daqui para o Sr. ficar esfregando sua carteira de Juiz na minha linda face não.Vá para a fila como todos nós mortais,pois o Sr. esta perdendo tempo,saiu uma fera falando alto. Amiga fico pasma,com atitudes assim,é triste para um ser humano estudar tanto e ficar assim,uma pessoa que estuda pra fazer justiça é contra ela própria. Agora lhe pergunto o que uma pessoa dessa tem na cabeça? O porque da vida dele ser mais importante que a minha? O porque de tanta soberba se vamos morrer e nesse instante não existe Sr,Juiz , somos todos iguais,na dor e na morte. Só você mesmo minha linda para abordar esse assunto,realmente em tudo vemos abuso de poder,é triste e isso faz o ser humano descer aos menores escalão da estupidez.
Tenho selinhos para você nesse link:
http://meussonhosecontos.blogspot.com/2011/04/mimos-da-amiga-ewa-helter.html
Para você que é hiper-merecedora de toda minha admiração e carinho minha linda menina.
Bjos em seu coração com cheirinho de Jasmin.

Mary Miranda disse...

Olá, Cacau, tão doce e alegre qual o chocolate!

hahaha Não aguento contigo! Mais um adjetivo excelente que me arruma: 'exuberante'!
Indo direto para o assunto do post,pelos relatos que aqui li, todos têm péssimas histórias com 'autoridades', gente que quer assoberbar-se em cima dos passíveis para os seus maltratos morais...
Devemos não nos resumir em nosso anonimato e reclamar mesmo, não fazer com que esse ciclo impiedoso de humilhação, prossiga!
Concordo, querida!
Também sempre pensei que mais estudo, mais 'superioridade' de entendimento, fosse uma equação graciosa, bem-vinda de respeito, crescimento...
Eu que tenho que conviver com pessoas de vários status, classes sociais, te afirmo que, com dor no coração, que é onde está o maior poder aquisitivo e intelectual, é onde se vê o número maior de gente que ignora seus semelhantes...

Beijos, meu doce!
Logo estarei lá para buscar meus selinhos, viu?
E agradecendo sempre pela consideração e carinho!

Mary:)

Anônimo disse...

Olá querida Mary, parabéns por sua postagem, está excelente; infelizmente temos que nos deparar com pessoas com deus na barriga, devemos ter muita misericórdia com tais indivíduos, são coitados e esquecem-se de que a qualquer instante podem inexistir.

Um abraço e obrigado pela indicação.

Mary Miranda disse...

Oi, Rangel!

Muitíssimo obrigada por sua vinda aqui!
Adorei seu comentário!
'O rei na barriga' é uma ótima definição para esse tipo de gente, que acha que tudo pode, com seu 'poderzinho' pútrido e fugaz quando, na verdade, seria melhor que construíssem mais valor nos atos, e não em papéis!
E sou eu quem agradeço, viu?

Um abraço da Mary pra você!:)

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